Sabe aquela sensação de não ser útil para as pessoas? Aquele vazio esquisito? As certezas que desmoronaram? Tem sido assim nos últimos dias. Até bem pouco tempo atrás, parecia que finalmente entraria para o time das comprometidas, o curso de extensão que eu estava fazendo ia de vento em popa, meu projeto para o mestrado estava certo, minha matrícula na academia estava decidida e com dia marcado. Em algum instante que não me dei conta, tudo perdeu a graça. O curso virou uma porcaria, não sei se o projeto do mestrado é uma boa, o candidato a príncipe voltou a ser sapo e a academia tomou um "até outro dia".
Não é desânimo nem momento deprê. É uma rotina patética, chata e escrota que tomou conta. Preciso mudar os lugares, os ares e respeitar o tempo que cada coisa e pessoa tem. Tenho muitas perguntas que não são respondidas imediatamente e isso me revolta, profundamente. Fico fula da vida com perguntas sem resposta.
Quem sabe um dia eu aprenda a esperar essas respostas "na hora que elas serão respondidas". Quem sabe um dia, aquele papo de " tudo tem seu tempo" não seja a causa das minhas explosões de fúria. Quem sabe um dia eu entenda porque os sapos que beijei não viraram o príncipe e porque esse príncipe ainda não chegou. Quem sabe esse marasmo não seja um preparo para uma temporada com boas e maravilhosas sensações.
Quem sabe...
Quem sabe?