6 de outubro de 2015

Pelo direito de ser mãe do jeito que eu bem entender!

Zelosa,dedicada, compreensiva. Um ser humano capaz de esquecer de si mesmo. Aquela que vale por mil. Não sou mãe de ser humano (afinal, eu tenho a Leia #filhotadepatas), mas vejo que o que se espera de uma mãe é algo sobrenatural. E vejo que minhas amigas e comadres se transformam quando se tornam mães. Mas, vejo que essa imagem de super mãe é altamente cruel. Afinal, elas são seres humanos. E seres humanos erram, falham, sofrem. 

Uma mãe como Bree Van de Kamp só se encontra em seriados mesmo, minha gente!

São tantos palpites disfarçados de conselhos que beira o absurdo. Se você opta pelo parto normal, você não vai dar conta. Se você opta pelo parto cesáreo, você é uma fraca,uma fresca. Se você tem dificuldades pra amamentar é porque você fez alguma coisa lá no primeiro trimestre da gravidez que prejudicou a produção do leite. Se você amamenta, vai ficar com os seios feios. E também pra quê amamentar se tem diversas fórmulas e leites em pó que são mais "nutritivos" que o leite materno? Fora que se o neném quer mamar e a mãe estiver em um local público é um outro tormento. 



E nem vou comentar quando o neném nasce. Ele é frágil, ele tá com frio, ele tá com cólica, ele é sensível. Não pode fazer isso, não pode fazer aquilo. Não pode usar fralda de pano, não pode usar fralda descartável, o sling espreme a criança, não pode dar colo demais, o choro é manha. O resultado disso? Mulheres com o autoestima destruída, se sentindo as piores mães do planeta por não terem feito tudo que uma mãe deveria fazer, segundo um pessoal que muitas vezes não está nem aí pra criança, tampouco para a mãe.


Mil vezes melhor ser Rochelle Rock, que fala na lata e é gente como a gente!

Por isso, deixem as mães em paz. Não as santifiquem. Não as crucifiquem. Deixe-as com seus nenéns, seus erros, seus acertos. Deixe-as serem mães, do jeito delas. Quando se opta em ser mãe (e eu quero deixar bem claro isso: quando a maternidade é uma escolha da mulher!), ela sabe e está ciente de que muita coisa vai mudar, ela terá que abrir mão de muitos luxinhos. Eu sou uma dessas mulheres cientes. Portanto, chega desses palpites. Chega desse blablablá de leite fraco, mulher fraca, neném fraco. Chega de dar continuidade a essa corrente do mal travestida de "só falo isso para o seu bem". Sem essa de mamãezinha. Vai ter choro, vai ter erro, vai ter acerto, vai ter alegria, vai ter mãe chorando na porta da escola no primeiro dia de aula, vai ter mãe acalentando o filho quando ela achar que deve. Vai ter mãe de verdade. 

Pra terminar, indico aqui alguns sites que tem me ajudado muito a me preparar para a missão mais linda e a que eu mais espero na minha vida: a maternidade.

Carolinie Figueiredo - Canto da mulher que canta
Lígia Moreiras - Cientista que virou mãe
Renata Checha - Vida in off

Até mais!

AnaLu Oliveira
@oliveiranalu
 

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