A gunner adolescente tem tomado conta de mim nestes últimos dias. O anúncio do show do Guns n'Roses na capital federal tem me tirado o sono. E também tem me dado uma ansiedade e empolgação que há muito tempo não tinha.
O Gn'R é minha banda de adolescência. Escuto desde os meus 13 aninhos. Escutei também BackstreetBoys, N'Sync e 5ive, afinal eu precisava ter algo em comum com a minha geração. Mas nenhuma banda mexeu tanto comigo quanto o Guns.
Pôsteres, discografia, colares com a caveira clássica - que me rendeu fama de satanista no colégio franciscano que estudei - pasta com todos os dados e fatos, revistas, letras na ponta da língua (o que me deu altíssimas notas em Inglês), clipes, shows gravados, documentários e até biografia não-autorizada, fora a camiseta tamanho G que meu pai me deu.
Esse é o meu arsenal de gunner. Ao longo destes 10 anos (hoje eu tenho 23 anos), consegui estes materiais, sem grandes esperanças de ir no show do Gn'R.
E eis que vejo no Google: Confirmado, Guns em Brasília!
Estou atrás de orçamentos, cartões de crédito e passagens. Algo me diz que essa será a minha última chance de ver a banda que embalou a vida de uma adolescente cheia de nóias e complexos.
E por mais que digam que Axl Rose está velho e acabado, que talvez ele nem venha ou que o show será podre, não tem quem mude meu ideal.
Acho que a adolescente noíada e complexada que varou a noite assistindo o show do Guns no Rock in Rio 3, que atormentou os seus vizinhos com a sua cantoria nada afinada, merece sim, estar lá.
E eu quero levá-la.
Gn'R em Brasília, eu vou!