4 de junho de 2012

Adeus ao filósofo canino

8 anos, 1 mês e 10 dias de loucas aventuras, demonstrações de amor e lealdade, com direito a algumas escapadas. É um breve resumo da vida do maior filósofo canino que já existiu: Jean-Paul Sartre, mais conhecido como Paul. Antes de continuar o papo, gostaria de explicar a vocês o porquê do nome. Aqui em casa, temos uma regra básica (e um pouco doida) para dar nomes aos cachorros: tem que ser nome de filósofo. As nossas cachorras recebem nomes de cantoras. 

Paulzinho lindão!
Nesses anos todos que esteve conosco, o Paulzinho foi capaz de coisas incríveis. Todo homem deveria aprender a matar baratas com ele; prático, rápido e eficiente, Paul pegava as baratas e as matava longe dos olhos da minha mãe, sem fazer bagunça. Caçador excêntrico, ele adorava latir e ameaçar...urubus! Perseguir calangos também era o seu forte. Sempre presente nos momentos alegres, tristes, pindaíbas, altamente deprês, Paul era um exemplo de lealdade.

Paulzinho com sua maior fã, minha mãe

O lindo Paul se foi no sábado, 10 dias após um triste diagnóstico: cinomose. O veterinário não deu muitas esperanças de cura, o que nos deixou completamente arrasados. Foram os 10 dias mais tristes. Vê-lo perder os sentidos, os movimentos e não poder fazer nada foi muito FODA. 

O que aprendi com isso?

Os cachorros são bichos incríveis e merecem toda a nossa dedicação. Eles suportam o nosso melhor e o nosso pior. Aprendi que tem muito humano que não merece ser chamado de animal, assim como tem muito animal que é mil vezes melhor que um ser humano. O Paul era desses. 

Meu maior arrependimento é ter mostrado o quanto gostava dele em seus momentos finais. Tive 8 anos pra fazer isso de forma sincera e verdadeira, e só fiz quando a certeza de que iria perdê-lo se tornou real. Não quero fazer isso de novo. 

:(
 

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