25 de fevereiro de 2011

Bruna Surfistinha: ex-prostituta num país de filhos da puta!

Hoje, estreia o filme "Bruna Surfistinha", que conta como a jovem  de classe alta Raquel Pacheco - então com 17 anos - virou prostituta. Recentemente, Raquel ficou "De Frente com Gabi" e contou como isso aconteceu. 

Adoção, sentimento de rejeição e relacionamento conturbado com os pais são os principais motivos dessa transformação. 

Sinceramente, há algumas perguntas que eu quero deixar aqui:

- Em uma época em que se fala tanto em sexo seguro e prevenção às drogas, é válido contar a história de alguém que conseguiu manter seu padrão de vida se prostituindo e se drogando?

- Raquel afirma que a prostituição permitiu que o seu padrão de vida continuasse o mesmo do tempo em que vivia com seus pais. Então, "os fins justificam os meios"? Vale tudo pra ser da alta classe? 

- Qual a real contribuição para a sociedade que este filme trará?

Sem querer dar lição de moral ou ser piegas, mas pra mim este filme é mais um dos muitos modismos que aparecem nas telas de cinema. Ainda não será desta vez que a libido feminina será tratada de forma natural, sem apelação ou carregada com estereótipos prostituídos, fajutos e com um falso romantismo irritante. 

É fácil ser prostituta no Brasil; você entra e sai a hora que já tiver batido a sua meta, quando o príncipe encantado (que era seu cliente) resolve te tirar desse lugar, sem se interessar pelo que os outros vão pensar. 

Bruna Surfistinha não veio para quebrar paradigmas; ela veio para torná-los ainda mais banais numa sociedade onde mulher não passa de um objeto de prazer; numa sociedade que ainda não entendeu que tem uma presidentA e não um outro presidentE. Surfistinha deixa claro que prostituição é coisa de "mulher de vida fácil", quando sabemos que não tão fácil assim.

Poderia dizer muito mais a respeito disso, mas como estou disposta a gastar meu português com filmes e outras coisas de maior valor, só posso dizer a você que vai assistir esse "filme": FAÇA BOM PROVEITO COM ESSA M&%$@! 

Obs.: se quiser conferir a entrevista e tirar suas próprias conclusões, clique aqui aqui aqui e aqui

 

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