23 de dezembro de 2011

Aprendi lendo Paulo Coelho

Estou encantada pelo Paulo Coelho. Desde o dia em que ganhei os livros do meu amiguinho virtual Egnaldo, tenho devorado essas obras. Destaque para "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei". Me identifiquei muito com Pilar, com seu jeito durão de levar a vida até o instante em que ela se permite ser levada e tocada pelo amor.

Neste livro, Pilar aprende um exercício muito interessante e quero compartilhar com vocês. Acredito que este exercício seja adequado para o momento. Afinal, as festas de fim de ano são cheias de ritos para deixar algo ruim de lado e abraçar algo bom.
Espero que gostem!

O Exercício do Outro

Um sujeito encontra um velho amigo - que vive tentando acertar na vida, sem resultado. "Vou ter que dar uns trocados pra ele", pensa. Acontece que, naquela noite, descobre que seu velho amigo está rico, e veio pagar todas as dívidas que havia contraído no decorrer dos anos.
Vão até um bar que costumavam frequentar juntos, e ele paga a bebida de todos. Quando lhe indagam a razão de tanto êxito, responde que até dias atrás estava vivendo o Outro.
-O que é o Outro? perguntam
- O Outro é aquele que me ensinaram a ser, mas que não sou eu. O Outro acredita que a obrigação do homem é passar a vida inteira pensando em como juntar dinheiro para não morrer de fome quando ficar velho. Tanto pensa, e tanto faz planos, que só descobre que está vivo quando seus dias na Terra estão quase terminando. Mas aí é tarde demais. 
- E você, quem é?
- Eu sou o que qualquer um de nós é, se escutar seu coração. Uma pessoa que se deslumbra diante do mistério da vida, que está aberta aos milagres, que sente alegria e entusiasmo pelo que faz. Só que o Outro, com medo de decepcionar-se, não me deixava agir.
- Mas existe sofrimento - dizem as pessoas no bar.
- Existem derrotas. Mas ninguém escapa delas. Por isso, é melhor alguns combates na luta por seus sonhos que ser derrotado sem sequer saber por que você está lutando.
- Só isto? perguntam as pessoas no bar
- Sim. Quando descobri isto, acordei decidido a ser o que realmente sempre desejei. O Outro ficou ali, no meu quarto, me olhando, mas não o deixei mais entrar - embora tenha procurado me assustar algumas vezes, me alertando para os riscos de não pensar no futuro.
"A partir do momento em que expulsei o Outro da minha vida, a energia Divina operou seus milagres."
 

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